Li um feature content e uma notícia em sites dos E.U.A. que fazem refletir sobre o nível de evolução que as marcas próprias atingiram.
A primeira, conteúdo assinado por Tom Pirovano, Diretor da Industry Insight da Nielsenwire, publicado no site Brandweek, traz 10 dicas de como proteger sua marca do "ataque" das marcas próprias. A despeitio de algumas dicas altamente questionáveis - quase um vale tudo - faço a leitura pelo viés de que a guerra no ponto de venda realmente está preocupando as marcas tradicionais, um pouco lentas em função das circunstâncias de mercado e tateando para definirem como reagir.
Mas a velocidade desta reação pode não ser suficiente. Quando forem reagir contra o o direto, já vem o upper-cut! Pois neste mesmo mercado maduro, marcas próprias - as private-labels - já ganharam musculatura e estão abrindo os canais de distribuição para outras redes, até no exterior. Um belo exemplo é o caso da da Safeway Inc. e suas marcas de alimentos O Organics e Eating Right. Segundo o Wall Street Journal em sua edição do último dia 8, o quarto maior varejista de alimentos dos E.U.A passa a distribuir suas private labels em redes médias e regionais do mercado norte-americano que não tem recursos para desenvolver suas linhas de produtos orgânicos com marca própria. Assim como chegam a mercados como África do Sul, Colômbia, Taiwan e México.
Isso mostra que as marcas próprias já não são mais das redes e sim são do consumidor e vão atrás de seu público onde quer que estejam. As marcas próprias - como a O Organics da Safeway - já tinham um posicionameto diferenciado e investiam em qualidade e diferenciação no ponto de venda, não se limitando a ser um genérico de baixo custo. Pergunto-me se os estretegistas da Safeway Inc leram as 10 dicas e se qualquer semelhança com marcas como a Taeq não é mera coincidência. Nosso mercado não está tão longe desta realidade.
O consumidor está buscando as alternativas de melhor custo benefício na hora da decisão de compra em tempos de restrição nos orçamentos familiares. Resta saber como as marcas tradicionais vão se diferenciar. A tendência é que essas diferenças entre private labels e branded labels cada vez sejam menores e a agilidade que cada uma terá no ponto de venda e o que entrega para o cliente será determinante. Até agora as marcas próprias no mercado americano estão mais rápidas com taxa de crescimento 'chinesas' acima de 9,0% ao ano contra um crescimento 'europeu' das marcas nacionais (dos E.U.A.) abaixo dos 2,0%.
Todas estas informações, vêm de encontro aos conceitos que fizeram surgir a ILIMITAT Negócios sempre em movimento. Ser o poder de mercado dos nossos clientes e entregar as ferramentas e estratégias para lidar com estas tendências é nossa função.
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