A grandiosidade do evento - o quinto maior do mundo no setor e maior da América do Sul com 1.300 expositores de mais de 30 países e com expectativa de receber mais de 65mil pessoas de 60 países - contrasta com a impressão de que não há grandes novidades lançadas na feira. Ouvimos isso até de especialistas no setor.
Em um ambiente econômico de restrição de investimento, há uma movimentação geral na busca de projetos e soluções de máquinas que maximizem ou pelo menos viabilizem o ROI (retorno sobre investimento na sigla em inglês) no menor tempo e nível de investimento possíveis. Esta tendência é demonstrada pela predominância da presença de maquinário de origem asiática e nacional no segmento de injeção e que atendem a estes requisitos.
Esta tendência de linha de investimento será (ou ja é) vista no ponto-de-venda pois o mercado está buscando soluções de produção para produtos mais simples e baratos. "A era do mould-in label acabou. Teremos alguns anos de foco na produção de produtos mais simples e de ciclo de vida mais curto" ilustra Emanuel Martins, Diretor de Operações da ILIMITAT e responsável comercial da JONWAI Brasil. Os investimentos visam atender mercados calcados na classe CDE. Mercados mais maduros não são o foco em função da depressão atual.
Este movimento confirma um dos cenários que estimulou o conceito da ILIMITAT: a guerra no ponto de venda com produtos de marca própria, com estratégias de baixo preço, no-label e no-mídia. A guerrilha na ponta do varejo começa com uma guerrilha na briga pelo investimento em bens de capital com clara vantagem para máquinas com ótima relação custo-benefício.
Complementando as tendências de consumo, saltou-me aos olhos a pouca referência do setor do plástico em geral ao segmento de reciclados. Algumas iniciativas individuais como a da Braskem com seu Plástico Verde (produzido a partir de cana-de-açúcar - seu foco de comunicação institucional) e em nível institucional do setor com o Instituto PlastiVida (para promoção de ações tipo PPP para incentivo de programas de reciclagem) esbarram na eterna "desculpa" da dependência dos governos para serem mais efetivos. Esta pauta só retornará mais forte se houver aquecimento do mercado com aumento dos preços da matéria prima nova ou alguma viabilizando economicamente os reciclados ou política pública impositiva como a que foi estabalecida para disposição de pneus como iniciativa do Estado por pressão da sociedade civil.
Para produtos de nicho, apenas uma oportunidade interessante neste segmento de produtos com foco em sustentabilidade: a Jungbunzlauer, empresa de origem suiça que produz ingredientes biodegradáveis e de aplicação especial (médica, alimentar) para indústria de plástico. Buscam distribuidores no Brasil e América Latina.
Parabens pelo blog.
ResponderExcluirNao so pelo trabalho, mas também pelo design limpo e interessante.
Já o estou linkando.
Agradeço por estar acompanhando meu trabalho no FALANDO DE VAREJO.
No que precisar, estou a disposição
Um grande abraço
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
www.falandodevarejo.blogspot.com