quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Negócios em Movimento: ILIMITAT vai atuar no iGaming, um mercado em expansão.

O timming não poderia ser melhor: no sábado, dia 31 de Julho, está nas bancas a Veja São Paulo (edição de 04 de Agosto), contando a nova febre entre os paulistanos, que já era notável nas conversas entre amigos e nos movimentos em mídia, não só na capital paulista. Na segunda-feira, 02 de Agosto, a ILIMITAT fecha, em um almoço, por um ano, a coordenação do Marketing de um site de iGaming que agora chega ao Brasil!

É isso aí: seremos responsáveis pelo plano de Marketing, lançamento e ações de ativação do mais novo site de pôquer e apostas online que decide focar o mercado brasileiro. Depois da chegada em peso dos líderes mundiais do segmento de iGaming (Poker Stars, Full Tilt Poker, Sportingbet) no mercado brasileiro, com embaixadores e eventos locais, chegam novos concorrentes em um mercado em franca expansão.

No mundo, o negócio do pôquer online faturou, em 2009, 4.8 bilhões de dólares. Só os Estados Unidos movimentam 300 bilhões de dólares em apostas em um ano, com mais ou menos 2,5 milhões de jogadores online. (dados da H2 Gambling Capital, publicada na Folha.com). No segmento de apostas (diversas, em esporte e jogos de cassino), dentro de um mercado de 300 bilhões de dólares ano passado, a modalidade online ainda é insignificante, gerando receitas de "apenas" 300 milhões de dólares. Entretanto, o ritmo de crescimento médio do segmento online é, desde 2003, de 23% a.a.

Nesse mercado em intenso movimento, cada vez mais, os operadores buscam os novos mercados: Na Índia, estima-se um mercado de jogos online de 5 bilhões de dólares (representando 12% de um mercado total de apostas de 40 bilhões). Na China, já se contabilizam 100 milhões de jogadores online. No Brasil já são 1.6 milhões de jogadores online de pôquer, num universo estimado em 2 milhões de praticantes.

Recentemente, alguns movimentos em termos de regulamentação e de reconhecimento do caráter esportivo das atividades de iGaming, cada vez mais, vêm credenciando esta atividade dentro do segmento do entretenimento online. Cito algumas:

  • Reconhecimento pela International Mind Games Association (IMSA) de que o pôquer, na sua modalidade mais popular, o Texas Hold'em, é um Esporte da Mente e entra no seleto grupo que já tem o Xadrez, Damas, Gamão e Bridge como Mind Games. Essa foi a primeira grande vitória da IPF (Federação Internacional de Poker)
  • Regulamentação pelo pelo Estado Francês do mercado de apostas esportivas online em Abril último, abrindo um mercado de quase 10 bilhões de euros, estimativa de 2009.
  • Na China, regulamentação da publicidade ligada a jogos online, proibindo a ligação com sexo, mas de forma alguma proibindo a comunicação dos operadores com os jogadores.

Por tudo isso, para esta primeira fase de entrada no mercado brasileiro, com a saída do segmento de um "gueto mercadológico", nosso cliente pediu o foco na divulgação do pôquer como esporte, sadio e responsavelmente praticado. A modalidade ganha cada vez mais a grande mídia e atinge um público consciente e que busca formas novas de entretenimento, reflexo natural do aumento da renda e crescimento econômico brasileiros.

Aceitamos o desafio pois um projeto de negócio que envolve marketing online e marketing esportivo é sensacional para agregar à nossa carteira de clientes. Um mercado em crescimento frenético tem-se apoiado na revolução das ferramentas de meios de pagamento online, redes sociais e comércio eletrônico. Tudo isso nos interessa muito: estudar, aprender, operar e colher resultados. Estamos muito animados com esse projeto e novo cliente (em breve divulgaremos o nome), iniciando a fase de planejamento. Comunicaremos aqui, e no Twitter da ILIMITAT, as novidades e ações.

ALL IN!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Negócios em Movimento: Estúdio Trilho

O desafio que os sócios do Estúdio Trilho me colocaram era o seguinte: em um projeto de um mês, dar ordem ao planejamento e processo comercial de um estúdio de design de São Paulo com uns nove meses de atividade.

Já nas conversas preliminares com os clientes e na reunião de kick-off do projeto identificamos um cenário era de uma certa confusão sobre os pacotes de produtos e serviços do Estúdio. Apesar dos três sócios serem profissionais com robusto background no ramo das artes gráficas, editoração e produção gráfica, não havia um portfolio de serviços organizado de forma simples para facilitar que o mercado identificasse mais facilmente a proposta de valor do negócio. Se oferecia o famoso "fazemos tudo" mas essa abordagem comercial pode causar ruidos e dois graves problemas: clientes não rentáveis ou clientes insatisfeitos.

O cronograma do projeto focou 50% de seu time sheet na fase de Diagnóstico e Análise mercadológica. A partir de um input de serviços e produtos por parte do cliente, utilizando a metodologia de Business Canvas, foi organizado o painel de elementos do modelo de negócio do Estúdio: Segmento de Clientes, Canais, Relação com Clientes, Proposta de Valor (produtos e serviços); Fluxos de Receitas; Recursos Chave; Atividades Chave; Parceiros Chave e Fluxos de Custo. A proposta não era fazer contas mas foram montados painéis (geral e por segmento de negócio) para dar o caminho para posteriormente os clientes refinarem seu business plan e definirem os modelos econômicos-comerciais por segmento.

A etapa seguinte foi validar cada Business Canvas por relevância de mercado. Utilizamos a ferramenta de Google AdWords e Google Insights para levantar relevância de cada proposta de valor frente ao mercado e ao mesmo tempo definir um quadro básico de concorrência. Essa análise refinou e acabou por modificar a Proposta de Valor inicial que tínhamos. Além disto, permitiu uma análise SWOT para cada serviço oferecido dentro do portfólio comercial. Fechamos a fase de diagnóstico definindo Missão e Visão, simples e diretas para o Estúdio Trilho. Elementos essenciais para a montagem de uma comunicação comercial com o mercado.

Com a parte de dá apoio à vendas definidos (Análise Mercadológica, Missão, Visão e Proposta de Valor) iniciamos na terceira semana a implementação da ferramenta de CRM que irá ser a plataforma de sistematização do processo comercial do cliente. Optamos por usar a plataforma cloud computing ZOHO CRM por acomodar todos os pontos básicos do processo de vendas B2B necessários e ter uma edição grátis que atende o projeto. Foram implementadas algumas personalizações de comandos e campos para adaptação máxima à necessidade do cliente.

Além da ferramenta, tratamos dos processos: as etapas de captação de leads e qualificação de oportunidades foram adaptadas para a realidade do Estudio Trilho e propostas de parâmetros/metas mensuráveis de acompanhamento do processo comercial foram estabelecidas tanto para a função de Assistente Comercial quanto para o Gerente Comercial. Um questionário de análise Win-Loss foi proposto e sugerido ser a primeira campanha de Marketing B2B perene do Estúdio Trilho.

O resultado foi muito interessante. Em um segmento que não há uma atividade comercial muito ativa e estruturada, principalmente no porte que hoje se encontra o cliente, conseguimos encontrar um posicionamento e um caminho comercial claro a ser, com o perdão do trocadilho, trilhado.

Você que acompanhou no Twitter da ILIMITAT viu o dia-a-dia desse projeto e compartilharemos sempre nossas experiências aqui.

Agradeço ao Alexandre, Júnior e Ayala, sócios do Estudio Trilho e clientes que confiaram na Proposta de Movimento da ILIMITAT. Foi um mês de muito trabalho, risadas e Copa do Mundo que ninguém consegue ficar alheio pois.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Depois do Social Commerce, o Social Business.

Pois bem, Feliz Ano Novo! Faz tanto tempo que não posto aqui no blog que os votos são pertinentes. Mas ontem uma novidade totalmente relacionada com o conceito deste blog suscitou essas linhas a seguir.

A ILIMITAT é usuária e recomenda o Salesforce, solução de CRM que lançou o conceito de Cloud Computing há uma década atrás. Também acreditamos nas ferramentas de tecnologia que suportam as estrutura de redes sociais como forma de comunicação efetiva e customer service no que sintetizamos no conceito de Social Commerce (termo que li primeiro no Groundswell de Josh Bernoff and Charlene Li).

Pois ontem Marc Benioff, CEO e Chairman da Salesforce.com, em um evento em NY - acompanhado por este que vos escreve via internet ao vivo - lançou uma plataforma que juntou esses dois mundos: O Chatter - Colaboration Cloud.

Para posicionar o lançamento, Benioff sentenciou que a #Cloud1, na qual o Google, Amazon e o próprio Salesforce estavam inseridos, agora é suplantada pela pelo conceito da #Cloud2. Nesta nova nuvem (como todas, passageira) os conceitos que prevalecem é o de rede social, colaboração e tempo real. Os benchmarkings de Benioff e da Salesforce para o Chatter são: Facebook, Youtube e Twitter.

Segundo informou o cristão, através do Chatter ele consegue do seu iPhone controlar sua empresa de um bilhão de dólares em tempo real. Exagero? Sim. Incorreto? Não.

O interessante do Chatter é que, diferente de coisas como Google Wave e Google Chrome, por ser diretamente aplicado na condução do negócio (Sales, Marketing, Customer Services, Project Management) ele torna os conceitos efetivos e práticos. Se faltou foco e relevância às duas ferramentas da Google que não pegaram, não faltou propósito para o Chatter da Salesforce. E isso faz toda a diferença pois é tudo a mesma coisa: ferramentas que ajudam a conexão de redes sociais com propósitos específicos.

Os potenciais de desenvolvimento da plataforma #Cloud2 da Salesforce e as funcionalidades do Chatter, permitirão integração em tempo real de áreas e competências das empresas que podem gerar ganhos de produtividade. E mais, já nasce mobile e com integração com os clientes via Twitter e Facebook o que leva o Customer Service a outro patamar de controle e efetividade.

Durante a apresentação, a certa altura tuitei o seguinte:


Visualizei ganhos operacionais nos processos conhecidos de agências de publicidade no Brasil, com reduções de custo nos seguintes vetores:

  • Infra-estrutura: obsolescência de sistemas legados de gestão de jobs como AD System,
  • Head-count: supressão do famigerado "tráfego"entre atendimento e criação
  • Atendimento e Customer Service: possibilidade de integração do cliente na rede social que o atende na agência.
Além disso, integrará mais facilmente a área de Criação e Produção na resolução dos problemas de Customer Service das agências pois a plataforma é permeável e transparente.

Minutos depois, na fase de depoimentos de clientes Salesforce que estavam integrados na fase beta do Chatter há seis semanas, o primeiro a falar foi o Gerente de Operações da Saatchi&Saatchi NY e vaticinou que o Chatter "creates organizational conscience" na agência. Bingo! Eu que sou engenheiro e já trabalhei em agência de publicidade nunca entendi certos paradigmas da gestão operacional deste tipo de empresa. A plataforma Salesforce-Chatter pode ser um bom motivo para catalisar mudanças.

Não será grátis, esse não é o modelo de negócio ao Benioff, mas que bom que o modelo de Social Business chegou e as tendências começam a se depurar com um foco na efetiva aplicação dos conceitos em prol de uma maior produtividade.